Pai e filho são presos em operação contra vazamento de dados de ministros do STF

Pai e filho são presos em operação contra vazamento de dados de ministros do STF


Na última quinta-feira (1º), a Polícia Federal desencadeou a Operação I-Fraude, resultando na prisão de três indivíduos envolvidos em uma organização criminosa especializada em invadir sistemas federais e comercializar dados pessoais por meio de painéis de pesquisas. Os alvos incluíam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. Os mandados de prisão foram executados em Valinhos, com dois detidos em Vinhedo (SP) e um em Caruaru (PE), sendo pai e filho os presos na região de Campinas (SP). Estima-se que o grupo criminoso tenha movimentado aproximadamente R$ 10 milhões ao longo de quatro anos.

A Operação I-Fraude também contemplou mandados de busca e apreensão em cinco estados do país: São Paulo, Pernambuco, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. A investigação teve início após a identificação da invasão de banco de dados de sistemas federais, resultando no vazamento indiscriminado de informações pessoais de milhares de pessoas. As autoridades determinaram o bloqueio de até R$ 4 milhões nas contas bancárias dos envolvidos.

O grupo criminoso disponibilizava um painel de consulta por meio de plataformas de redes sociais, oferecendo diferentes planos de mensalidades conforme o número de consultas realizadas. Aproximadamente dez mil assinantes utilizavam esse serviço, realizando uma média mensal de dez milhões de consultas. Surpreendentemente, entre os usuários identificados, foram encontrados membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Para estes últimos, o serviço era oferecido gratuitamente, contanto que enviassem uma foto da carteira funcional para comprovação de identidade. Isso resultou no cadastro, com fotos, de milhares de servidores da segurança pública.

Os crimes cometidos, incluindo invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores, e organização criminosa, acarretam penas que podem chegar a 23 anos de reclusão. A operação evidenciou a sofisticação do esquema criminoso e a amplitude dos dados comprometidos, representando uma resposta enérgica por parte das autoridades para combater crimes cibernéticos e proteger a segurança digital.

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