Parlamentares se mobilizam para exigir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes

Parlamentares se mobilizam para exigir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes

Parlamentares querem coletar assinaturas até o dia 7 de setembro

Senadores e deputados federais estão se unindo para apresentar um pedido coletivo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a divulgação de que ele teria utilizado informalmente a estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde foi presidente, para produzir relatórios sobre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A notícia provocou uma reação no Congresso Nacional na noite de terça-feira (13).

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou, em pronunciamento oficial no Senado, a criação de um grupo da oposição que pretende coletar assinaturas suficientes até o dia 7 de setembro para apoiar o pedido de impeachment.

Girão argumentou que a reportagem publicada pela Folha de S.Paulo revela uma série de ilegalidades supostamente cometidas por Moraes, incluindo a violação do sistema acusatório, do devido processo legal e do Estado democrático de direito, além de crime de prevaricação.

Ele também mencionou casos polêmicos que estão sob responsabilidade de Moraes, como a morte de Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, que faleceu após sofrer um infarto na penitenciária da Papuda, onde estava preso por participação nos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Além disso, Girão citou as prisões de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que ficou detido preventivamente por um ano, e de Filipe Martins, ex-assessor especial do governo Bolsonaro, que passou seis meses preso por suposta participação em uma tentativa de golpe.

O senador cearense pediu que o Senado, a única Casa Legislativa com poder para interferir no STF, tome uma atitude em relação às alegações de abusos de autoridade e arbitrariedades cometidos por Moraes. Ele criticou a inação do Senado e afirmou que o Brasil está sendo percebido internacionalmente como uma ditadura judicial.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags