Pastor “Fake” Enganou Cristãos e Levou R$ 300 Mil Prometendo Viagem a Israel

Pastor “Fake” Enganou Cristãos e Levou R$ 300 Mil Prometendo Viagem a Israel

O golpista se apresentou como líder religioso e enganou dezenas de fiéis com promessas de uma viagem à Terra Santa.

Ivanildo Serafim de Arruda, de 62 anos, é o nome do falso pastor que enganou dezenas de cristãos no Distrito Federal, acumulando cerca de R$ 300 mil com promessas de viagens à Terra Santa. Ele ofereceu pacotes turísticos fictícios, garantindo que os fiéis iriam visitar locais históricos em Israel e Palestina. Com um discurso persuasivo, Ivanildo seduziu suas vítimas, que acreditavam que a viagem era a realização de um sonho.

O golpista se apresentou como pastor em várias igrejas, em especial no DF e no entorno, atraindo fiéis de diferentes classes sociais. Ele utilizava sua “credibilidade” como líder religioso para vender pacotes de viagem, incluindo hotéis, passeios e refeições, com valores que chegavam a R$ 20 mil por pessoa. O golpe se estendeu para outros estados, afetando também pessoas de classe média e alta, como aposentados e servidores públicos.

Em alguns casos, o “pastor” convenciu suas vítimas a assumir dívidas por meio de boletos bancários com promessas de viagem após o pagamento. Muitas vítimas gastaram suas economias com a esperança de conhecer a Galileia, cidade natal de Jesus Cristo. A decepção foi tão grande que uma idosa faleceu após descobrir que não viajaria mais para Israel.

Quando o conflito entre Israel e o Hamas eclodiu em outubro de 2023, o pastor usou a situação como desculpa para adiar as viagens, e com o tempo, passou a bloquear suas vítimas, sumindo sem deixar rastros. Ele indicava que a viagem seria adiada, mas nunca a realizava.

O pastor também dizia que sua agência de viagens, onde as vítimas transferiam os valores, estava localizada no Setor Comercial Sul, mas ao investigarem o local, jornalistas descobriram que o endereço era de um escritório de advocacia, sem qualquer vínculo com o falso pastor.

O delegado responsável pela investigação, Victor Dan, informou que o caso está sendo apurado como estelionato. Até o momento, foram feitas quatro prisões e as vítimas seguem sendo ouvidas pela polícia. O pastor não foi localizado, e o inquérito segue em andamento.

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