PCC tinha ENDEREÇOS de LIRA e PACHECO e gastou R$ 44 mil em “missão” contra PARLAMENTARES

PCC tinha ENDEREÇOS de LIRA e PACHECO e gastou R$ 44 mil em “missão” contra PARLAMENTARES


O Primeiro Comando da Capital (PCC) planejou uma ação em Brasília com o objetivo de atacar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A facção enviou uma equipe com três membros, cobrindo despesas que totalizaram cerca de R$ 44 mil, incluindo estadia, celulares, aluguéis, seguro, IPTU, mobília, transporte e até aquisição de eletrodomésticos.

Durante as investigações, foram descobertos explosivos destinados a um possível atentado contra o senador Sérgio Moro, representante do União-PR. O Ministério Público de São Paulo elaborou um relatório encaminhado à Polícia Federal, revelando que os presidentes da Câmara e do Senado foram alertados sobre os planos do PCC.

Janerson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, liderou o plano de sequestro de Moro em 2022, mobilizando membros da Sintonia Restrita, setor do PCC responsável por ataques a autoridades e planos de resgate de presos, para Brasília. Os membros envolvidos eram Sandro dos Santos Olimpio (Cisão) e outros dois indivíduos identificados como Felipe e Neymar.

Registros financeiros de maio, junho e junho de 2023 indicam que a Sintonia Restrita realizou uma missão no Distrito Federal, alugando um imóvel por R$ 2,5 mil por mês como base de apoio. O financiamento veio do caixa da FM da Baixada, célula responsável pela venda de drogas na Baixada Santista.

Durante a investigação do plano contra Moro, a Polícia Federal encontrou imagens das residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado nos celulares apreendidos, indicando que a facção realizava levantamentos sobre essas autoridades. O plano de atentado contra Moro foi revelado em março, resultando na prisão de nove pessoas, incluindo Nefo.

O relatório também revelou que a Sintonia Restrita foi criada em 2014, fruto de uma aliança entre o PCC e a guerrilha paraguaia EPP. Essa aliança incluiu treinamento de membros do PCC em táticas de guerra, uso de explosivos e prática de tiro.

Os planos dos presos visavam derrubar a proibição de visitas íntimas nos presídios federais e reverter as leis mais rígidas do regime carcerário. Com a recusa do Supremo Tribunal Federal (STF) em derrubar a legislação, a facção direcionou seus esforços para a realização de ações violentas, como tentativas de resgate de líderes presos e atentados contra autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como do Ministério Público. O relatório conclui que, ao longo de seus 30 anos de existência, a liderança do PCC sempre optou por ações violentas para impor “terror” contra o Estado quando seus objetivos criminosos foram desafiados.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias