PEC da Segurança Pública: Governo tenta emplacar projeto em meio a resistências

PEC da Segurança Pública: Governo tenta emplacar projeto em meio a resistências

Lewandowski e Gleisi correm contra o tempo para convencer líderes na Câmara sobre proposta polêmica

Em mais uma movimentação estratégica do governo, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, apresentou pessoalmente a chamada PEC da Segurança Pública aos principais líderes partidários da Câmara dos Deputados. Ao lado da presidente do PT e articuladora política do Planalto, Gleisi Hoffmann, Lewandowski tenta abrir caminho para a aprovação da proposta, que ainda encontra resistências dentro e fora do Congresso.

A proposta, que pretende dar nova estrutura à segurança pública no país, é vista com desconfiança por setores da oposição e até por alguns parlamentares da base aliada. O receio é de que, sob o pretexto de fortalecer o combate ao crime, a PEC acabe concentrando poderes demais nas mãos do Executivo ou crie novos órgãos com pouca transparência.

A presença de Gleisi na reunião mostra o peso político da pauta e o esforço do governo para transformar a segurança — tema sensível e urgente — em vitrine de eficiência. Mas, para muitos, a iniciativa soa mais como uma tentativa de recuperar popularidade em tempos de crise institucional do que um plano realmente eficaz para enfrentar o crime organizado, que segue aterrorizando o país de norte a sul.

Enquanto o cidadão comum vive com medo, cercado por violência, e vê a insegurança crescer nas ruas e nas escolas, o governo precisa provar que a PEC vai além do discurso bonito. Até agora, faltam detalhes práticos e sobram dúvidas sobre quem, de fato, será beneficiado com a mudança: o povo ou a máquina política?

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