
Pedido de busca e apreensão de armas no gabinete de deputado gera repercussão na Câmara
Rogério Correia solicita intervenção após deputado filmar-se com fuzil e pistola nas dependências da Casa
A polêmica envolvendo armas dentro da Câmara dos Deputados ganhou novos capítulos neste sábado (3 de maio). O deputado Rogério Correia (PT-MG) pediu, oficialmente, ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que fosse realizada uma busca e apreensão no gabinete do deputado Delegado Caveira (PL-PA). O motivo? O parlamentar foi flagrado nas dependências da Câmara, em vídeo, segurando um fuzil e uma pistola, sem a devida autorização.
No vídeo, postado nas redes sociais, o Delegado Caveira aparece ao lado do vereador Zezinho Lima (PL-PA), exibindo as armas e defendendo que cidadãos possam portar armamentos. Correia, em sua solicitação, argumenta que a entrada dessas armas na Câmara, sem o devido controle ou autorização das autoridades competentes, infringe as normas da Casa. Por isso, pede que a Polícia Legislativa faça a apreensão das armas no gabinete do deputado, além de acionar a Corregedoria Parlamentar para que sejam tomadas providências tanto administrativas quanto penais, com o envio do caso ao Conselho de Ética e à Procuradoria-Geral da República.
A resposta de Delegado Caveira não demorou. Em sua defesa, ele criticou a atitude de Correia, dizendo que o colega não entende a situação e que ele, como delegado, é responsável por suas ações. Caveira também alfinetou o petista, sugerindo que ele, em vez de focar em sua iniciativa, deveria se preocupar com outros temas, como o desvio de verbas no INSS ou o aumento de vagas para deputados federais, que, segundo ele, só trariam mais gastos ao cidadão.
A situação traz à tona uma discussão sobre o controle de armas dentro das instituições e as possíveis implicações de se permitir o porte de armamentos em locais públicos, como o Congresso Nacional.