Petróleo sobe quase 2% após Trump intensificar pressão sobre Irã e Opep
Recuperação do preço da commodity vem com o temor de escassez, mas os preços ainda estão nos níveis mais baixos desde março de 2021
O mercado de petróleo registrou uma alta de quase 2%, com o preço do barril recuperando-se das perdas de três sessões consecutivas. A recuperação veio impulsionada pela intensificação da pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que emitiu um alerta para que países interrompam a compra de petróleo do Irã, aumentando a tensão no cenário energético global.
O petróleo WTI, com vencimento para junho, subiu 1,77%, alcançando US$ 59,24 por barril, enquanto o Brent para julho avançou 1,75%, fechando a US$ 62,13. Apesar do movimento positivo, esses são os preços mais baixos desde março de 2021, de acordo com dados da Dow Jones Newswires.
Trump, em sua conta no Truth Social, declarou que todos os países devem cessar imediatamente as compras de petróleo iraniano e petroquímicos, com ameaças de sanções secundárias a quem desobedecer. Em outro post, o ex-presidente também anunciou a troca de Mike Waltz por Marcos Rubio no cargo de Conselheiro de Segurança Nacional.
Além da declaração de Trump, o mercado de petróleo recebeu apoio da redução de produção da Opep, que caiu 200 mil barris por dia em abril. No entanto, espera-se que a produção seja retomada em breve. Por outro lado, a situação da Venezuela também chamou atenção, com autoridades pedindo à China que aumente suas compras de petróleo, à medida que a Chevron e outras empresas estrangeiras se preparam para deixar o país.
Embora o dólar forte tenha limitado a alta do petróleo, o apetite por risco nas bolsas de Nova York, alimentado por expectativas de alívio nas tarifas e dados econômicos mistos dos EUA, também contribuiu para o movimento positivo dos preços da commodity.
