PF admite que não conseguiu extrair dados do celular de Filipe Martins
O novo documento apresentado pela defesa de Filipe revela que sua última viagem para os EUA ocorreu em 18 de setembro de 2022. Na ocasião, Filipe acompanhava Jair Bolsonaro como assessor internacional.
A Polícia Federal (PF) enviou um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, informando que não conseguiu extrair informações do celular de Filipe Martins referentes ao período de 30 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023. A PF passou cerca de seis meses tentando recuperar dados de três celulares apreendidos com o ex-assessor de Jair Bolsonaro em 8 de fevereiro, durante a operação Tempus Veritatis, segundo informações do Poder360.
Martins autorizou a quebra de seu sigilo telemático por meio de uma petição dirigida a Moraes. Com base nas informações obtidas, foi possível determinar que, às 16h56m17s de 31 de dezembro de 2022, Filipe estava no Park Way, região administrativa de Brasília, a aproximadamente 10 km do aeroporto. Às 19h56m44s do mesmo dia, o registro indicava sua presença no Jardim Alvorada, em Ponta Grossa (PR), a cerca de 50 km de Curitiba.
Na última semana de junho, a colunista Maria Anastasia O’Grady, do The Wall Street Journal, comentou sobre um erro cometido pela Alfândega e Segurança de Fronteiras dos EUA (US Customs and Border Protection), órgão do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. Esse erro foi usado por Moraes como base para decretar a prisão de Martins. O novo documento apresentado pela defesa de Filipe confirma que sua última viagem aos EUA foi em 18 de setembro de 2022, quando ele estava acompanhando Jair Bolsonaro como assessor internacional.