PF Diz Que Errou Em Relatório E Afirma Que Suposto Desvio De Bolsonaro Em Joias Foi De R$ 6,8 Milhões, Não De R$ 25 Milhões
Na tarde desta segunda-feira (08), a Polícia Federal (PF) admitiu um erro e retificou a conclusão do relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que fundamenta o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias sauditas recebidas como presentes pelo governo brasileiro.
O relatório original, assinado pelo delegado Fábio Alvarez Shor, alegava que houve desvio ou tentativa de desvio de joias e presentes no valor de R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06). No entanto, a PF anunciou nesta segunda-feira que houve um erro material nesse trecho do documento e que o valor correto é de R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12). Este valor correto é mencionado em outros trechos do relatório.
Bolsonaro foi indiciado pela PF sob suspeita dos crimes de associação criminosa (com pena de reclusão de 1 a 3 anos), lavagem de dinheiro (3 a 10 anos) e peculato/apropriação de bem público (2 a 12 anos).
Também nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes levantou o sigilo do caso. Em sua decisão, Moraes determinou que os advogados regularmente constituídos tenham acesso integral ao processo e estabeleceu um prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar o caso, conforme previsto no Código de Processo Penal.
A PGR está agora avaliando se irá apresentar uma denúncia contra o ex-presidente. Caso isso ocorra, caberá à Justiça decidir se ele será formalmente acusado.