PF investiga uso de rede social de filha por Oswaldo Eustáquio e faz busca na casa da família

PF investiga uso de rede social de filha por Oswaldo Eustáquio e faz busca na casa da família

A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão na casa de Mariana Eustáquio, de 16 anos, filha do jornalista Oswaldo Eustáquio, na manhã da quarta-feira, 14 de agosto de 2024. Durante a ação, os agentes confiscaram 17 itens, incluindo um tablet usado por Mariana para seus estudos, três celulares e os passaportes dela e de sua mãe, Sandra Eustáquio. De acordo com a advogada da família, após ser submetida a uma revista íntima, a adolescente ficou muito abalada emocionalmente e acabou se ferindo.

A operação faz parte da “Operação Disque 100”, que também teve como alvo os jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, ambos com mandados de prisão preventiva emitidos, mas que estão fora do país. A PF suspeita que Oswaldo, proibido de usar redes sociais por decisão do ministro Alexandre de Moraes, estaria utilizando o perfil de sua filha para contornar essa restrição. A polícia afirmou que os investigados usaram contas de redes sociais de crianças e adolescentes para esconder suas ações.

Oswaldo Eustáquio, já investigado por seu envolvimento com as milícias digitais e fake news, alegou que a busca contra sua filha foi injustificada, afirmando que ela não cometeu nenhum crime. Segundo ele, a Polícia Federal estava irritada com Mariana por ter divulgado um vídeo expondo a imagem do delegado Fábio Alvarez Shor.

Anteriormente, Moraes já havia ordenado a suspensão do perfil de Mariana na rede social X, juntamente com contas de outras figuras de direita. No entanto, a conta de Mariana continuava ativa no momento da operação. Pouco antes da chegada da polícia, Mariana publicou um apelo pedindo ajuda, que atingiu milhões de visualizações. A PF, no entanto, afirmou que a postagem foi feita enquanto Mariana ainda estava dormindo, sugerindo que outros adultos poderiam estar usando sua conta para atrapalhar as investigações.

A advogada da família relatou que Mariana ficou profundamente afetada após a revista íntima e que, em um momento de desespero, se feriu com um porta-retrato. Ela também afirmou que a adolescente perguntou repetidamente se seria presa, assim como seu pai.

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