PF vê indícios de que Monark cometeu crime de desobedecer ordem judicial

PF vê indícios de que Monark cometeu crime de desobedecer ordem judicial


Uma investigação da Polícia Federal (PF) concluiu que o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeu crime de desobediência a uma decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro havia determinado, em janeiro de 2023, o bloqueio dos canais de Monark, mas a PF indicou que ele criou novos perfis nas redes sociais para continuar produzindo conteúdo que havia sido bloqueado.

O relatório da PF, enviado ao STF nesta segunda-feira (22), destaca que Monark persistiu na divulgação de notícias fraudulentas e ataques, desobedecendo à ordem judicial. A pena para desobediência a decisão judicial pode variar de três meses a dois anos de prisão, além de multa, de acordo com o Código Penal. Monark é investigado no STF no contexto do inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

A PF menciona que, mesmo após a decisão de bloqueio, Monark realizou uma live em novembro, criticando o ministro Alexandre de Moraes e a indicação de Flávio Dino para o STF, intitulada “DINO NÃO É SUPREMO? BRASIL ACABOU!”. O Supremo ordenou a remoção desse conteúdo. Em agosto, Moraes impôs uma multa de R$ 300 mil ao influenciador e abriu um inquérito por desobediência judicial.

A análise das publicações de Monark em diversas plataformas de mídia social, como TikTok e YouTube, evidencia, segundo a PF, a persistência na violação das ordens judiciais impostas. Em junho, quando prestou depoimento à PF, Monark afirmou que não incentivou atos golpistas, mas reafirmou sua intenção de desrespeitar a decisão judicial por considerá-la inconstitucional.

Monark ganhou notoriedade nacional em fevereiro de 2022 ao defender a existência de um partido nazista no Brasil. O bloqueio inicial de suas redes sociais ocorreu em janeiro de 2023, juntamente com outros 50 perfis bolsonaristas, após informações sobre a convocação de uma manifestação por aliados de Bolsonaro, dias após a tentativa de golpe em Brasília. Em entrevista ao UOL, Monark alegou perseguição, argumentando que a Constituição garante liberdade de expressão e expressou a visão de que o Brasil está vivendo uma “ditadura”.

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