PF vira piada ao confundir app de mãe com espionagem de Estado

PF vira piada ao confundir app de mãe com espionagem de Estado

Investigação sobre “Abin paralela” tropeça feio: aplicativo usado para cuidar de filho é tratado como ferramenta ilegal de inteligência.

A Polícia Federal passou por um verdadeiro vexame ao confundir um simples aplicativo de monitoramento parental com um programa de espionagem ilegal. A trapalhada aconteceu durante as investigações sobre o suposto esquema da “Abin paralela”, envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O app em questão era usado por uma assessora de Carlos Bolsonaro para acompanhar a rotina do próprio filho menor de idade. Mesmo assim, a ferramenta foi tratada como possível evidência de uso do sistema israelense FirstMile — supostamente empregado para bisbilhotar adversários políticos durante o governo anterior.

A confusão só foi desfeita após a própria assessora prestar depoimento e explicar que o aplicativo era, na verdade, um recurso comum entre pais e mães preocupados com a segurança dos filhos. Nada de espionagem sofisticada. Apenas cuidado familiar.

Ainda assim, o erro da PF não passou batido. O episódio gerou críticas de especialistas e provocou ironias nas redes sociais, expondo a falta de critério técnico num caso que já é delicado por natureza — e altamente politizado.

Carlos Bolsonaro, também alvo da investigação, tratou de se desvincular de qualquer operação ilegal e negou proximidade com o delegado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e figura central no caso.

No fim das contas, o que era pra ser uma apuração sigilosa virou motivo de deboche. E, ao que tudo indica, a PF terá que refinar o olhar — e talvez baixar alguns apps — para evitar novos tropeços.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags