PGR defende “castigos merecidos” para participantes de atos do 8/1 pelo Judiciário
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, destacou em um pronunciamento durante um evento que reuniu os Três Poderes para lembrar os acontecimentos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro promoveram atos de vandalismo em Brasília, que cabe ao Ministério Público Federal (MPF) investigar e responsabilizar judicialmente os envolvidos nos eventos, visando evitar a repetição de atos prejudiciais à democracia.
Gonet ressaltou que, ao longo de um ano, o MPF tem apurado as responsabilidades e apresentado as devidas denúncias ao Judiciário, buscando impor as “consequências penais merecidas”. Ele sublinhou a importância de responsabilizar todas as pessoas, independentemente do status social, e mencionou que a PGR já denunciou o primeiro suspeito de financiar os eventos de 8 de janeiro.
Como novo chefe da PGR, Gonet também terá a responsabilidade de emitir pareceres sobre questões delicadas em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo inquéritos relacionados a Bolsonaro em relação aos eventos de janeiro. Além disso, ele será encarregado do andamento das recomendações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos extremistas do 8 de janeiro, que pediu o indiciamento de diversas pessoas, incluindo o ex-presidente, militares e ex-ministros do governo anterior. O evento no Salão Negro do Congresso Nacional teve como propósito reforçar a união e transmitir uma imagem de força e controle para dissuadir tentativas semelhantes contra a democracia.