PGR Defende que STF Decida Sobre Implicações da Lei da Anistia no Caso Rubens Paiva

PGR Defende que STF Decida Sobre Implicações da Lei da Anistia no Caso Rubens Paiva

Suprema Corte irá avaliar a aplicação da Lei da Anistia aos militares acusados de assassinar o ex-deputado em 1971.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou a favor da continuidade do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os acusados do assassinato de Rubens Paiva, ex-deputado morto em 1971. A decisão do STF determinará se a Lei da Anistia pode ser aplicada aos militares envolvidos no crime, incluindo o homicídio e a ocultação do corpo de Paiva.

Este processo está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, e a PGR se manifestou após seu pedido. O STF será responsável por decidir se a ação contra os acusados deve continuar, dentro do contexto de um recurso extraordinário que discute a aplicação da Lei da Anistia.

Em 2014, o Ministério Público Federal (MPF) acusou cinco ex-militares pelos crimes cometidos contra Rubens Paiva: José Antônio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Jurandyr Ochsendorf e Souza, Jacy Ochsendorf e Souza e Raymundo Ronaldo Campos. Três dos acusados já faleceram, sendo que José Antônio e Jacy Ochsendorf ainda estão vivos.

A denúncia foi aceita, mas a defesa dos acusados recorreu ao STF, argumentando que a acusação poderia violar a Lei da Anistia. Em resposta, Moraes solicitou um parecer da PGR, que foi positivo, permitindo que o julgamento seguisse adiante.

Em novembro de 2024, a PGR sugeriu que fosse aguardada a decisão do STF quanto à Lei da Anistia. Em janeiro de 2025, Moraes concluiu que a reclamação da defesa dos militares estava prejudicada, já que o tema central era a aplicação da Lei da Anistia, e não mais a reclamação em si.

A morte de Rubens Paiva permanece um marco da repressão durante a ditadura militar no Brasil, sendo que os acusados, incluindo o general Belham, continuam sendo discutidos, apesar das décadas passadas.

O caso continua sem resolução definitiva, e a questão de como a Lei da Anistia se aplica nesse caso permanece pendente de uma resposta final do STF.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags