PGR deve se manifestar até semana que vem sobre indiciamento de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) devido ao indiciamento feito pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em um esquema de fraude no registro de vacinação contra a Covid-19. O caso, que também envolve o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 15 pessoas, foi encaminhado à PGR em 19 de março com o relatório final da PF.
A PGR agora tem a responsabilidade de decidir se irá oferecer uma denúncia, arquivar o caso ou solicitar mais diligências investigativas. As possíveis acusações contra Bolsonaro são de inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa, crimes que podem resultar em penas de 3 a 15 anos de prisão.
A investigação da PF aponta para a atuação de uma associação criminosa que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, beneficiando Bolsonaro, sua filha e outras pessoas. O tenente-coronel Mauro Cid é apontado como o iniciador do esquema, visando a criação de um certificado físico de vacinação para sua esposa.
Em resposta ao indiciamento, o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, alegou que se trata de uma perseguição política e reiterou a posição do ex-presidente sobre a vacinação contra a Covid-19.
A decisão da PGR terá grandes repercussões políticas, podendo afetar o cenário político e jurídico do país. É um momento crucial que exigirá uma análise cuidadosa e imparcial das evidências apresentadas pela PF para determinar os próximos passos no processo.