PGR foi contra anulação de condenações de José Dirceu
Apesar de parecer contrário da PGR, ex-ministro recupera direitos políticos e já mira 2026
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra o pedido de anulação das condenações do ex-ministro José Dirceu (PT), proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro no contexto da Lava Jato. Em abril de 2024, o procurador-geral Paulo Gonet havia manifestado que o pedido da defesa de Dirceu não preenchia os requisitos legais, e que não havia relação direta com o caso que envolvia o presidente Lula.
Mesmo com o parecer contrário, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu anular as condenações de Dirceu nas ações penais da Lava Jato conduzidas por Moro. Com isso, Dirceu recupera seus direitos políticos e poderá disputar as eleições de 2026.
Para justificar a decisão, Gilmar Mendes destacou que, assim como no caso de Lula, Moro e os procuradores da Lava Jato teriam atuado de forma parcial, com intenções políticas que extrapolavam a esfera judicial. Na visão do ministro, havia uma “confraria” entre Moro e os procuradores, com a condenação de Dirceu sendo utilizada como “ensaio” para embasar futuras acusações contra Lula.
A decisão de Gilmar traz implicações diretas na elegibilidade de José Dirceu, que se encontra agora livre das amarras jurídicas que o impediam de disputar eleições. Segundo a defesa de Dirceu, a decisão do STF valida a falta de imparcialidade nos processos da Lava Jato, demonstrando que os processos foram utilizados com o objetivo de desestabilizar politicamente figuras ligadas ao Partido dos Trabalhadores (PT).
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