
PGR pede condenação da ex-primeira-dama da Paraíba por envolvimento nas manifestações do 8 de janeiro
Pâmela Bório levou o filho menor às invasões ao Congresso e enfrenta acusação de participação ativa nos atos antidemocráticos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, nesta segunda-feira (26), que a ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela Bório, seja condenada por seu papel nas manifestações violentas ocorridas em 8 de janeiro de 2023. Desde o ano passado, ela responde a cinco acusações no Supremo Tribunal Federal (STF), entre elas tentativa de golpe e depredação do patrimônio público.
Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, Pâmela teria atuado diretamente na invasão dos prédios públicos em Brasília, sendo considerada uma “executora material” dos crimes cometidos durante os ataques aos Três Poderes da República.
Além disso, a PGR destaca que a ex-primeira-dama levou o filho, na época com 12 anos, para as manifestações. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ela pergunta para o menino: “Estamos fazendo o que aqui?”, e ele responde: “Estamos fazendo história… tirando o Brasil do comunismo tirano.” A presença da criança no evento gerou disputa judicial, já que o ex-governador Ricardo Coutinho, pai do garoto, solicitou sua guarda.
Nas redes sociais, Pâmela publicou fotos e vídeos dentro do Congresso Nacional, acompanhada do filho e de outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela alega que estava fazendo uma cobertura jornalística, já que é formada em jornalismo, e que o filho estava de férias com parentes, versão contestada pela PGR com base nas provas apresentadas.
Pâmela Bório tem uma trajetória pública que inclui trabalhos como apresentadora de telejornais em afiliadas da Rede Globo e SBT, além de ter sido eleita Miss Bahia em 2008. Ela se relacionou com Ricardo Coutinho em 2009, casou-se em 2011 e divorciou-se em 2015. Desde então, ambos têm protagonizado várias disputas judiciais, incluindo denúncias de agressão e acusações relacionadas a invasão de propriedade.