
“Piadas não são crime”: Danilo Gentili defende Leo Lins após condenação
Humorista desabafa e vê risco de censura no humor brasileiro
A condenação de Leo Lins a mais de oito anos de prisão, por conta de piadas consideradas preconceituosas feitas no show “Perturbador”, virou combustível para uma enxurrada de debates sobre até onde vai — ou deveria ir — a liberdade de expressão no Brasil.
Na decisão, a juíza da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo deixou claro: a liberdade de expressão não é absoluta e deve ceder espaço quando confronta valores como dignidade humana e igualdade.
Mas nem todo mundo concorda. Quem se posicionou sem rodeios foi o também humorista e apresentador Danilo Gentili, que usou seu programa para sair em defesa do amigo e ex-colega.
“Piadas não geram preconceito, não geram intolerância. Piada é só piada”, disparou Gentili, visivelmente indignado. Na visão dele, a decisão é um ataque direto à liberdade artística, e isso abre um precedente perigoso: “Se o humor pode ser censurado, qualquer forma de arte pode ser também.”
⚖️ Defesa vai recorrer e debate volta a esquentar
A defesa de Leo Lins já confirmou que vai recorrer, classificando a pena como desproporcional, exagerada e uma ameaça direta à liberdade de criação artística.
Esse episódio reacende uma discussão antiga e complexa no país: onde termina a piada e começa o crime? Para alguns, limitar esse tipo de conteúdo é fundamental para combater discursos de ódio. Para outros, é o primeiro passo rumo à censura do humor, da arte e da própria liberdade de expressão.
🤔 E agora?
A polêmica levanta uma pergunta que parece não ter resposta simples: como equilibrar o direito de rir — e fazer rir — com o respeito à dignidade das pessoas? É um debate que coloca a sociedade inteira diante do espelho, refletindo sobre até onde o humor pode — ou não — ir.