
PL Alega Ter Apoio Suficiente para Aprovar Anistia e Pressiona por Votação Rápida
Subtítulo: Partido Liberal faz força para garantir a aprovação do perdão aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro, com o apoio de vários partidos aliados.
O Partido Liberal (PL) está fazendo uma movimentação forte para aprovar seu polêmico projeto de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Segundo o líder da sigla, Sóstenes Cavalcante (RJ), o partido já teria o apoio de 309 dos 513 deputados, o que garantiria a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados. O PL pressiona para que a votação aconteça ainda na primeira semana de abril, intensificando a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), durante a reunião de líderes prevista para a próxima quarta-feira (3).
Cavalcante compartilhou com a imprensa um levantamento de apoio partidário que indica que a sigla tem aliados fortes, como o PSD, o Republicanos e o Progressistas, todos com grande porcentagem de apoio à anistia. Segundo o cálculo, o PL já teria garantido cerca de 80% do PSD, 95% do Republicanos e 90% do Progressistas, três partidos com ministros no governo Lula. A estratégia é pressionar para que a votação ocorra em um único turno, onde seriam necessários 257 votos a favor para que o projeto seja aprovado.
A anistia, no entanto, não é vista com bons olhos por todos. O projeto tem gerado polêmica, especialmente entre movimentos e partidos de esquerda, que têm se mobilizado para barrar a proposta. Uma manifestação contra a anistia, realizada em São Paulo no domingo (30), registrou um público reduzido, com pouco mais de 6 mil pessoas nas ruas, bem abaixo das expectativas. A reação nas ruas mostra que, embora o apoio dentro da Câmara pareça forte, a aprovação do projeto tem se tornado uma questão cada vez mais polarizada.
Enquanto o PL pressiona pela rápida votação, seus adversários políticos denunciam o uso da anistia como uma estratégia para enfraquecer as investigações e reduzir as penas dos envolvidos no golpe de 8 de janeiro. O PL, portanto, se encontra em um momento crucial, buscando avançar com o perdão aos condenados, enquanto continua a dividir as opiniões da sociedade e do Congresso.
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