Planalto passa pano para Janja e jura que viagem ao Japão saiu de graça

Primeira-dama viajou antes de Lula, usou avião da FAB, ficou na embaixada, mas “não teve custo nenhum”

O Planalto quer que os brasileiros acreditem que a viagem da primeira-dama, Janja Lula da Silva, ao Japão foi um verdadeiro milagre financeiro: ela usou avião da FAB, se hospedou na residência oficial da embaixada e participou da comitiva presidencial, mas tudo “sem ônus” para os cofres públicos.

Janja embarcou para o Japão uma semana antes do presidente Lula, integrando a tal “equipe precursora” — grupo que organiza a recepção presidencial. Mas, curiosamente, a presença da primeira-dama nesse tipo de missão virou hábito, mesmo sem ela ocupar qualquer cargo oficial. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) garante que não houve gastos adicionais, já que ela ficou na embaixada e não recebe diárias.

O detalhe que incomoda? O Diário Oficial da União confirmou que Janja estava na lista oficial da comitiva. E, para completar, sua equipe de assessores já consumiu cerca de R$ 1,9 milhão dos cofres públicos entre 2023 e 2024. Mas, claro, a versão do governo é que essa viagem não custou nada.

Diante das críticas, Lula reagiu de forma previsível: minimizou a polêmica e defendeu a esposa. “Janja não é clandestina”, afirmou, reforçando que ela continuará participando de agendas governamentais.

Enquanto isso, o brasileiro segue pagando a conta — só não pode perguntar o preço.