PM Que Matou Estudante de Medicina em SP Tem Prisão Preventiva Solicitada

PM Que Matou Estudante de Medicina em SP Tem Prisão Preventiva Solicitada

Delegado conclui que disparo fatal não foi legítimo e pede punição para o policial envolvido.

A Polícia Civil de São Paulo solicitou na última sexta-feira (5) a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar Guilherme Augusto Macedo, acusado de atirar e matar o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos. O caso aconteceu em 20 de novembro, em um hotel na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, durante uma abordagem policial

Marco Aurélio foi baleado no abdômen após se refugiar no hotel, momentos depois de ter dado um tapa no retrovisor do carro da PM onde estavam Macedo e outro policial. Imagens de câmeras de segurança mostraram que o estudante foi alvejado enquanto estava no chão, após chutar um dos agentes dentro do quarto.

De acordo com o delegado Gabriel Tadeu Brienza Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o uso da arma de fogo pelo policial “não se mostrou legítimo”. O relatório do inquérito apontou que Marco Aurélio estava desarmado e não representava risco de morte ou lesão aos policiais ou a terceiros.

O delegado também destacou que, embora o estudante tenha resistido, não fez nenhum movimento que justificasse a alegação de ameaça por parte do policial. “O PM assumiu o risco do resultado morte porque utilizou a arma de fogo de maneira ilegítima para repelir uma suposta ameaça ao seu parceiro”, concluiu Brienza.

A prisão preventiva foi solicitada devido à gravidade da conduta do policial, que será julgada de acordo com as normas que regulam o uso de força pelas autoridades. O caso segue repercutindo e levantando debates sobre o uso da força por agentes de segurança.

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