
Polícia Identifica Atirador de Turista Argentino, Mas Juiz Desconsidera Urgência e Não Decreta Prisão
O ex-secretário de Turismo de Bariloche foi baleado ao entrar por engano em comunidade do Rio, mas o juiz argumenta que o caso não justifica uma intervenção imediata.
Após 72 horas de investigação, a Polícia Civil identificou quatro suspeitos envolvidos no ataque contra o ex-secretário de Turismo de Bariloche, Gaston Fernando Burlon, que foi baleado na cabeça no Rio de Janeiro. No entanto, a prisão dos suspeitos, incluindo o autor dos disparos, Sandro da Silva Vicente, não foi determinada pela Justiça, pois o juiz de plantão alegou que o caso “não é de urgência”.
O incidente ocorreu na quinta-feira (12), quando Burlon, de 51 anos, entrou por engano no Morro do Escondidinho, em Santa Teresa, e foi atingido por tiros disparados por Vicente, conhecido como Sandrinho. O turista, que estava a caminho do Cristo Redentor, segue internado em estado gravíssimo.
A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) conduziu as investigações, que levaram à identificação dos envolvidos: Cláudio Augusto dos Santos (Jiló), Tiago de Oliveira (TG), Raphael Corrêa Pontes (De Lara) e Sandro da Silva Vicente. Embora as evidências tenham apontado Vicente como o atirador, o juiz Orlando Eliazaro Feitosa, responsável pelo Plantão Judiciário, não considerou o caso urgente o suficiente para a decretação das prisões, seguindo a recomendação do Ministério Público.
Em sua decisão, o juiz justificou que, apesar da gravidade do ocorrido, o caso não preenchia os requisitos para uma medida imediata. “A medida pode ser avaliada pelo Juízo natural ou pelo Plantão Judiciário Diurno”, afirmou o magistrado.
Sandrinho, com um extenso histórico criminal, tem 20 anotações, sendo 13 delas ainda como menor de idade. A última prisão dele ocorreu no ano passado, em Cascadura, quando foi flagrado com uma arma, mas ele foi absolvido deste caso em maio de 2024.