Policiais envolvidos com PCC são demitidos sem direito a aposentadoria por Tarcísio
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, determinou a exoneração de dois agentes da Polícia Civil e a cassação da aposentadoria de outro devido à ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São José dos Campos. Os ex-carcereiros Wander Rodrigo Vilhena Pinto, João Henrique Pinheiro da Silva e Alberto Alves Filho foram condenados por envolvimento com tráfico de drogas e corrupção passiva. Eles haviam apelado da sentença, mas tiveram seus recursos negados.
A denúncia contra os três policiais foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em 2017, envolvendo um grupo de 30 pessoas associadas ao PCC na região do Campo dos Alemães, onde a facção movimentava aproximadamente R$ 2 milhões mensais através do tráfico de drogas. Em troca de propina, os policiais permitiam que essas atividades ilegais prosperassem.
As investigações, iniciadas em 2016, revelaram a conexão entre os agentes do 3º e 7º Distritos Policiais de São José dos Campos e o PCC. Documentos apreendidos evidenciaram o favorecimento mútuo entre os policiais e a facção, facilitando o tráfico de drogas em troca de dinheiro.
Wander Rodrigo Vilhena Pinto foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto, enquanto João Henrique Pinheiro da Silva recebeu 7 anos e 4 meses no mesmo regime. Alberto Alves Filho, já aposentado, teve sua aposentadoria revogada e foi sentenciado a 8 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. Outro policial envolvido, Alexandre Utida Cortez, também condenado, faleceu em 2021.
A decisão de Tarcísio de Freitas reflete um compromisso com a justiça e integridade no combate à corrupção e ao tráfico de drogas. Essa medida é vista como um marco importante para restaurar a confiança da população nas forças de segurança. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo intensificará seus esforços para combater a corrupção dentro das forças policiais, servindo como exemplo para outras regiões.
Essa ação reforça a transparência, a confiabilidade e a eficiência das operações policiais, destacando a importância de manter uma polícia honesta e comprometida com a proteção da sociedade.