
Policial Usava Venda de Facas para Mascarar Propina em Presídios
Investigação revela que Rafael Barretto vendia armas a detentos da Papuda em troca de benefícios ilegais
O policial penal Rafael da Conceição Barretto, que atuava no Complexo Penitenciário da Papuda, foi preso após uma investigação da Polícia Federal descobrir que ele usava a fabricação e venda de facas artesanais como uma forma de disfarçar o recebimento de propinas. Barretto vendia essas facas a preços elevados para presos e suas famílias, facilitando o acesso a objetos proibidos dentro da prisão, como celulares e alimentos, em troca de dinheiro.
Uma das transações envolveu o filho de um detento, que comprou cinco facas por R$ 5 mil, intermediadas por Barretto. Esse comércio fazia parte de um esquema maior, no qual o policial oferecia regalias aos internos, como redução de punições e acesso a itens não permitidos, em troca de valores ilícitos.
Além das acusações de corrupção passiva e comércio ilegal de armas, Barretto também é investigado por colaborar com facções criminosas e permitir a entrada de “cobals” (cestas com suprimentos) para os presos. A investigação revelou que uma advogada e outros criminosos estavam envolvidos no esquema, facilitando as ações ilegais do policial.
O Ministério Público denunciou Barretto e outros 14 suspeitos, e pediu a perda de seu cargo público. O policial foi preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-DF) em 2024.