PREFEITURA DE SÃO PAULO PAGOU R$ 2 MI PARA CRIAÇÃO DE CAMAROTE OPEN BAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PREFEITURA DE SÃO PAULO PAGOU R$ 2 MI PARA CRIAÇÃO DE CAMAROTE OPEN BAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES


A administração municipal de São Paulo, liderada por Ricardo Nunes (MDB), desembolsou R$ 2,1 milhões em uma única parcela para o Grupo Top. Esse pagamento tinha como objetivo proporcionar um local para formação de crianças e adolescentes durante os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, durante o Carnaval.

A empresa Top, no entanto, destinou os recursos para a criação de um camarote open bar. Este contrato foi estabelecido sem processo de licitação, mesmo com a desaprovação da Procuradora. O camarote oferecia bebidas como caipirinha, cerveja, gin, mojito, refrigerante, água e suco. O acordo incluía 25 ingressos por dia, totalizando 100 ingressos, com um limite de R$ 350 de consumo em cada cartão, por dia, não cumulativo para os dias subsequentes.

O pedido de patrocínio da empresa Top foi protocolado diretamente no gabinete da Secretaria de Cultura em 12 de janeiro. Surpreendentemente, três dias depois, o projeto foi aprovado, apesar da objeção expressa da própria pasta.

Nabil Bonduki, ex-secretário municipal de Cultura em São Paulo, denunciou o caso nas redes sociais e anunciou sua intenção de apresentar uma representação ao Ministério Público para investigar a gestão do Carnaval pela prefeitura, mencionando outros eventos questionáveis.

A prefeitura negou que tenha financiado um camarote com bebidas para jovens e adolescentes, afirmando que o “Camarote da Cultura” foi uma iniciativa sociocultural que permitiu que alunos de programas de formação cobrissem os ensaios do Carnaval de 2024. A administração municipal alegou que os menores de idade foram identificados e não tiveram permissão para consumir bebidas alcoólicas durante o evento.

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