Presa no 8 de janeiro, engenheira faz vaquinha virtual para evitar despejo
Regina Aparecida Modesto, engenheira civil de 54 anos, está buscando reconstruir sua vida após passar sete meses detida pelos eventos de 8 de janeiro. Ela enfrenta uma ordem de despejo devido a atrasos nas parcelas de sua residência de alto padrão na Serra da Cantareira, em São Paulo.
Para quitar a dívida e manter pelo menos parte de sua conquista, Regina iniciou uma campanha de arrecadação online. A Justiça estabeleceu um prazo até o próximo domingo para que ela e seu filho deixem a casa.
Regina, que tinha um escritório na Avenida Paulista, viu seu negócio e sua clientela dissiparem durante os meses de detenção, levando-a a fechar a empresa. Agora, ela procura oportunidades de trabalho para se sustentar, utilizando sua experiência como mestre em engenharia de túneis e cogeração, com passagem como gerente de projetos na construção do Gasoduto Brasil Bolívia.
A reviravolta na vida de Regina começou quando foi presa dentro do Senado em 8 de janeiro. Ela alega que estava em Brasília para uma manifestação pacífica e buscou abrigo após a violência policial. Seu advogado destaca que Regina foi reconhecida pelos policiais como uma manifestante pacífica, mas mesmo assim, passou meses detida.
Durante o período na prisão, Regina, que já enfrentava problemas de saúde, teve suas condições agravadas. Com histórico de câncer, ela suspeita que a doença tenha retornado após a detenção. Mesmo com duas tentativas anteriores negadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ela conseguiu liberdade provisória em agosto.
Agora, Regina busca ajuda para quitar sua dívida e evitar o despejo, contando com o apoio de pessoas nas redes sociais, inclusive do deputado federal Nikolas Ferreira. Ela enfatiza a urgência da situação, pois a Justiça acatou o pedido do proprietário para retomar a casa, e ela enfrenta restrições em seu nome. Mesmo diante dos desafios, Regina expressa fé, esperança e determinação para superar as adversidades.