Presidente da Assembleia Nacional pede prisão de María Corina Machado e Edmundo González
Nome forte do chavismo, Rodríguez, que pediu a prisão de opositores é interlocutor do governo venezuelano com o Brasil
Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e ex-chefe da campanha de Nicolás Maduro, solicitou na terça-feira (30) a prisão dos líderes opositores María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. Durante uma sessão da Assembleia, Rodríguez afirmou que o Ministério Público deve agir contra o que ele descreveu como “chefes da conspiração fascista”, referindo-se a Machado e González.
Rodríguez, um importante nome do chavismo e interlocutor do governo venezuelano com o Brasil e os Estados Unidos, declarou que não se deve dialogar com o “fascismo” nem conceder benefícios processuais, ressaltando que manifestantes pagos estavam envolvidos em atos de violência.
As declarações foram feitas em meio a protestos convocados pela oposição contra os resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que atribuíram a vitória a Maduro com mais de 51% dos votos. A coalizão de González alega que ele venceu as eleições com cerca de 70% dos votos e pede a publicação das atas de apuração.
Na segunda-feira, milhares de pessoas protestaram contra o que consideram uma fraude eleitoral. A repressão incluiu o uso de balas de borracha e gás lacrimogêneo. Segundo o Foro Penal Venezuelano, seis pessoas morreram durante os protestos. Tarek William Saab, procurador-geral do país, informou que mais de 700 pessoas foram presas, classificando os eventos como terrorismo, além de vandalismo e obstrução de ruas.