Presidente do PL, Valdemar Costa Neto é preso em operação da PF que mira Bolsonaro

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto é preso em operação da PF que mira Bolsonaro

Político foi detido por porte ilegal de arma quando agentes da PF cumpriam mandado de busca e apreensão


O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi detido pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8) durante a operação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Valdemar foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, encontrada em sua residência, com documentação vencida e registrada em nome de seu filho.

A PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis, que investiga a possível conspiração para um golpe e a abolição do Estado Democrático de Direito. O pedido para incluir Valdemar na operação foi feito pelo Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, após a PF descobrir que o comitê de campanha do PL, em dezembro de 2023, foi utilizado para ajustes à minuta do golpe.

A detenção ocorre em meio a movimentos de alguns parlamentares para limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, que era um dos alvos da minuta do golpe, defende projetos para criar mandatos para os ministros do STF e limitar decisões monocráticas. No entanto, seu nome foi retirado a pedido de Bolsonaro.

Na operação, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. Diversos políticos e aliados de Bolsonaro, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Tércio Arnaud Thomaz, entre outros, estão entre os alvos. Até o momento, Filipe Martins e Marcelo Câmara também foram presos. Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou as medidas judiciais, incluindo restrições a Bolsonaro, proibindo-o de entrar em contato com investigados e exigindo a entrega de seu passaporte em até 24 horas.

Em entrevista, Bolsonaro afirmou estar sofrendo uma “perseguição implacável” e que já há outro governante no país. O ex-presidente, que já foi condenado pelo TSE e está inelegível até 2030, alegou ser vítima de uma campanha de informações falsas sobre o sistema eleitoral.

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