Presidente do PSDB admite erro do partido em não concorrer ao Planalto em 2022
Apoiado pelo ex-governador de Minas Gerais e atual deputado federal Aécio Neves (PSDB), o ex-senador Marconi Perillo assumiu a liderança do PSDB no final de novembro de 2023. Com 61 anos, Perillo, que já passou por MDB e PP, tem como desafio revitalizar o papel do PSDB no cenário político brasileiro, especialmente nas eleições municipais deste ano.
O presidente do PSDB expressou otimismo em relação às eleições, destacando a capilaridade do partido em diversos estados e municípios. Ele afirmou que o objetivo é eleger prefeitos em diferentes tamanhos de cidades, além de governadores, visando recuperar o protagonismo político que o PSDB teve no passado.
Perillo reconheceu que o partido cometeu erros que resultaram na diminuição de sua representação, citando as prévias internas como um equívoco que dividiu a legenda. Ele também mencionou falhas nas eleições de 2018, onde o PSDB não fez uma leitura adequada do momento político, contribuindo para a polarização.
Quanto às eleições de 2022, em que o PSDB não apresentou candidato próprio à Presidência, Perillo sugeriu que, na ausência de João Doria, o partido deveria ter lançado Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul. Ele criticou a opção de apoiar a candidatura proposta pelo MDB, considerando-a equivocada.
Sobre Aécio Neves, Perillo expressou apoio a uma possível candidatura dele ao governo de Minas Gerais em 2026. Ele também mencionou a possibilidade de o partido ter um candidato ao governo mineiro mesmo que Aécio não concorra, preferindo acreditar que Aécio será o pré-candidato.
Quanto ao desafio de construir a candidatura de Eduardo Leite à Presidência em 2026, Perillo destacou a necessidade de quebrar a polarização e apresentar soluções inteligentes para os problemas do país. Ele enfatizou a importância de focar em questões como qualificação do jovem, internet, educação, geração de emprego e governança eficiente.
Sobre questões de costumes, Perillo defendeu que o partido se concentre em pautas econômicas e sociais, permitindo que cada membro decida sobre temas relacionados a costumes. Ele sugeriu a realização de um congresso para debater temas importantes e definir posições mais claras.
Quanto à bancada no Senado, que atualmente conta com apenas dois senadores, Perillo afirmou que está em busca de novos nomes para fortalecer a representação do partido. Ele destacou a intenção de filiar senadores já eleitos e trabalhar para eleger mais senadores nas próximas eleições.
Sobre o primeiro ano do governo Lula, Perillo, enquanto líder da oposição, fez críticas pontuais, destacando preocupações com o gasto público acima da média e a necessidade de responsabilidade fiscal. Ele também expressou descontentamento com o apoio do presidente Lula a ditaduras, como a da Venezuela, enquanto prega a democracia.
Em resumo, Marconi Perillo delineou uma visão otimista para o PSDB, apontou erros passados e destacou planos para revitalizar o partido, incluindo a busca por novos líderes, a possível candidatura de Aécio Neves e o fortalecimento da presença nas eleições municipais e majoritárias.