Preso pelo 8 de janeiro, coronel Naime é internado em estado grave
Há 300 dias sob custódia por suposto envolvimento nos eventos de 8 de janeiro, o coronel Naime, ex-chefe de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, foi hospitalizado em Brasília na segunda-feira (4) devido ao risco de embolia pulmonar. Naime foi detido pela Polícia Federal em 7 de fevereiro, acusado de negligência nos protestos do início do ano.
Diagnosticado há uma semana com um trombo na veia cefálica próximo ao bíceps, Naime enfrenta uma condição clínica instável desde 19 de novembro, manifestando sintomas como dormência e dores, conforme relatado por sua esposa. Em julho, foi encontrado desacordado em sua cela, sendo encaminhado a múltiplos atendimentos médicos nas últimas semanas.
A esposa de Naime, Mariana Adôrno Naime, expressou grande preocupação com a saúde do marido, mencionando suas “fortes dores de cabeça”, “dormência nos braços” e episódios de “vômitos”. Destacou que os problemas de saúde já existiam antes da prisão e pediu a revogação da detenção, alegando que ele possui emprego e residência fixos, podendo enfrentar o processo em casa com monitoramento por tornozeleira.
A recente morte de Cleriston Pereira da Cunha, também detido politicamente, durante um banho de sol na Papuda em 20 de novembro, agravou a situação emocional de Naime. Mariana explicou que a semelhança das comorbidades entre Naime e Cleriston aumentou o temor pela saúde do coronel. Desde então, Naime se tornou recluso e desinteressado em interagir ou buscar assistência médica, aumentando a apreensão sobre possíveis complicações cardiovasculares.