Primeiro suspeito na execução de delator do PCC é preso com munições de fuzil

Primeiro suspeito na execução de delator do PCC é preso com munições de fuzil

Detenção marca avanço nas investigações sobre o assassinato de Vinícius Gritzbach

A polícia de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (6/12) o primeiro suspeito de envolvimento na execução de Vinícius Gritzbach, empresário e delator da facção criminosa PCC. A captura foi realizada pela Rota e, no momento da prisão, o homem estava com munições de fuzil. Ele foi encaminhado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento.

Execução em plena luz do dia

Vinícius Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro, enquanto desembarcava no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele havia voltado de uma viagem acompanhado da namorada. No local, foi atingido por um tiro de fuzil no rosto, disparado por criminosos que desceram de um carro preto, conforme registrado pelas câmeras de segurança.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o empresário era alvo do PCC por supostamente ter encomendado a morte de dois integrantes da facção em 2021. Além disso, Gritzbach havia firmado um acordo de delação premiada para fornecer informações sobre o grupo criminoso e suas atividades.

Policiais sob investigação

A execução de Gritzbach levantou suspeitas sobre a conduta de policiais envolvidos em sua segurança. No momento do ataque, parte dos PMs responsáveis por protegê-lo alegou estar em um posto de gasolina próximo ao aeroporto devido a problemas mecânicos. Oito policiais militares já foram afastados.

As denúncias de Gritzbach também incluíam acusações contra policiais civis, que, segundo ele, o extorquiam para encobrir sua participação no assassinato de integrantes do PCC. Dias antes de sua morte, o empresário reafirmou essas acusações em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil.

Próximos passos

A prisão do suspeito representa um avanço no caso, mas as investigações continuam focadas em identificar todos os envolvidos na execução. O caso segue sendo tratado como prioridade pelo Ministério Público e pela força-tarefa policial, diante das complexas conexões entre criminosos e agentes da lei.

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