Procuradora da Lava Jato recebe pena de censura por falas contra o STF
A procuradora Thaméa Danelon, que teve atuação na Lava Jato de São Paulo, recebeu uma punição disciplinar de censura do Conselho Superior da Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa medida é uma advertência inicial, podendo agravar-se caso haja novas infrações disciplinares. A decisão foi apoiada por seis membros do Conselho, incluindo o procurador-geral Paulo Gonet, enquanto outros três votaram pela absolvição.
Os representantes da cúpula da PGR argumentaram que Danelon violou o decoro do cargo ao expressar opiniões sobre processos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e criticar decisões dos ministros em entrevistas e eventos. A defesa da procuradora alegou que suas declarações estavam dentro da liberdade de expressão e não apresentavam posições partidárias, mas o Conselho considerou que essas declarações ultrapassaram os limites do seu cargo.
A punição, sendo de censura, tem um caráter mais simbólico e serve como um alerta para a procuradora quanto ao seu comportamento no exercício de suas funções.
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