
PSOL Aciona a Corte Interamericana de Direitos Humanos, Mas o Brasil Enfrenta uma Violência Imparável
Enquanto a violência policial só aumenta no país, a ação do PSOL contra Tarcísio e Derrite parece desviar o foco das reais vítimas do caos: mulheres e trabalhadores.
Em meio a uma escalada de violência policial que assola o estado de São Paulo, as deputadas Mônica Seixas e Sâmia Bomfim, do PSOL, decidiram levar o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, denunciando o governador Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. As acusações se concentram na crescente letalidade policial, com 731 mortes registradas até o momento em 2024, um número alarmante que coloca o estado na rota de uma crise de direitos humanos. São, em média, duas vidas perdidas por dia, vítimas de um sistema que parece não ter freio, e em que a violência se tornou parte do cotidiano.
Entretanto, a indignação que surge diante dessa tragédia é profunda. Enquanto o PSOL se coloca em uma posição de acusação internacional, com a intenção de responsabilizar Tarcísio e Derrite pela omissão e pelas práticas abusivas, as ruas do Brasil clamam por respostas concretas. Mulheres, trabalhadores e cidadãos comuns são os alvos de uma violência que não dá trégua. Diariamente, vidas são destruídas não apenas pela polícia, mas por um sistema que falha em proteger os mais vulneráveis, que estão expostos ao medo constante.
Em um país onde a violência só cresce, onde os números de mortes por intervenção policial são alarmantes, o partido se vê em uma luta pela responsabilização de figuras do poder, mas sem conseguir interromper a maré de violência que sufoca as pessoas na base da pirâmide social. As deputadas, ao alegarem que a omissão do governo configura “um padrão sistêmico de violações”, colocam no centro da disputa a responsabilidade de autoridades que, ao invés de protegerem, contribuem para o agravamento do problema.
Em uma realidade onde mulheres são vítimas constantes da violência e trabalhadores enfrentam uma guerra silenciosa todos os dias, o foco das autoridades parece perdido. O PSOL pode até acionar tribunais internacionais, mas o povo brasileiro está à mercê de uma violência que só aumenta. Onde estão as ações urgentes para proteger a população? Onde estão as medidas concretas para salvar vidas antes que elas sejam consumidas por um ciclo interminável de mortes?