PT contesta retorno eleitoral de Rosângela Moro para o Paraná e fala em inelegibilidade
O PT contestou a decisão da Justiça Eleitoral em Curitiba que autorizou a deputada Rosângela Moro a transferir seu domicílio eleitoral de volta para o Paraná. Rosângela havia mudado para São Paulo em 2022 para concorrer a um cargo eletivo, alegando maiores chances de eleição naquele estado. Agora, com o possível julgamento que pode cassar o mandato do marido, Sergio Moro, ela busca retornar ao Paraná para se candidatar ao Senado em caso de perda do mandato do esposo.
O PT alega que a transferência de domicílio eleitoral de Rosângela Moro configura fraude à representatividade do eleitorado paulista no Parlamento e questiona a possibilidade de uma representante de São Paulo fixar seu domicílio em outra unidade federativa durante o mandato. O partido argumenta que a manutenção dessa decisão poderia caracterizar a “perda superveniente de condição de elegibilidade”, uma vez que o requisito que permitiu sua candidatura não estaria mais presente.
Embora o PT não tenha solicitado a cassação do mandato, pediu o cancelamento da transferência. O julgamento do caso está agendado para 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
A disputa pela vaga de senador de Sergio Moro no Paraná já iniciou, com acusações de gastos excessivos na campanha. O julgamento está marcado, e a cadeira é alvo de interesse de políticos como Gleisi Hoffmann (PT), Ricardo Barros (PP) e Paulo Martins (PL). Nas redes sociais, Moro debochou da contestação do PT, destacando que as eleições ainda não estão no horizonte, mas o medo do PT em relação a Rosângela Moro é notável.
O grupo Prerrogativas, composto por advogados críticos da Lava Jato, caracteriza as mudanças de Rosângela como um “estelionato eleitoral” e destaca a falta de identidade da deputada com São Paulo durante sua candidatura naquele estado. O grupo argumenta que, agora, ela mudou a filiação com um claro objetivo eleitoral, sugerindo que ela deveria devolver o mandato à população de São Paulo.