PT e TSE Continuam Postando no X Apesar da Suspensão Determinada por Alexandre de Moraes
O Partido dos Trabalhadores (PT), liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, continuou a usar o X (antigo Twitter) para divulgar mensagens de sua campanha eleitoral, mesmo após a plataforma ser bloqueada em todo o Brasil por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. É como se, apesar da muralha erguida por Moraes, o PT tivesse encontrado um túnel secreto para continuar sua comunicação.
A decisão do ministro, que suspendeu o acesso ao X de maneira imediata e irrestrita, deixou a maioria dos dispositivos no Brasil sem acesso à plataforma, salvo aqueles que recorrem ao uso de VPNs (redes privadas de internet). No entanto, isso não impediu que o PT continuasse a celebrar suas vitórias online. Na manhã deste sábado, o perfil oficial do partido postou uma mensagem comemorando a inclusão de seus parlamentares entre os melhores do prêmio Congresso em Foco, como se a proibição fosse uma barreira invisível para eles.
Essa situação gerou uma reação irônica do jornalista americano Glenn Greenwald, que destacou a contradição: “O PT do Brasil – o partido de Lula – continua a postar mensagens de campanha política no X muito depois de X ter sido banido no Brasil, e mesmo depois de Lula ter dito ontem que apoia a proibição de X no Brasil. Estranho, não?” A crítica de Greenwald é um espelho do absurdo que muitos estão enxergando nessa situação.
E não foi só o PT que driblou a ordem de Moraes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também utilizou a plataforma neste sábado para fazer um comunicado importante sobre a plataforma DivulgaCand, que oferece informações sobre candidatos a cargos eletivos. A atitude do TSE reforça a sensação de que a proibição do X é uma medida que está sendo contornada até mesmo por órgãos oficiais, revelando uma espécie de ironia trágica na execução dessa decisão.
A ordem de Moraes, que inclui uma multa diária de R$ 50 mil para qualquer pessoa que utilize a rede social por meio de “subterfúgios tecnológicos”, parece ter sido mais um tiro no pé, criando uma situação onde a aplicação da lei é vista como frágil e até mesmo risível. O ministro chegou a voltar atrás em parte de sua decisão, suspendendo o bloqueio de VPNs e do próprio X para evitar “transtornos desnecessários” a terceiros. Mas o estrago já estava feito, mostrando um governo que, em sua tentativa de controlar, acabou exposto à crítica e à indignação de muitos, que veem essa situação como um exemplo claro de como a autoridade pode se tornar impotente frente à realidade tecnológica.
