PT quer Bolsonaro de tornozeleira eletrônica após aliados fugirem do país

PT quer Bolsonaro de tornozeleira eletrônica após aliados fugirem do país

Pedido foi feito ao STF e à PGR. Lindbergh diz que medida é para evitar fugas, como a de Zambelli e Eduardo Bolsonaro.

Em meio ao clima de tensão que ronda a política brasileira, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolou um pedido ousado na Procuradoria-Geral da República (PGR) e no Supremo Tribunal Federal (STF): ele quer que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja monitorado com tornozeleira eletrônica.

O motivo? Segundo Lindbergh, Bolsonaro não só participou de articulações golpistas, como também alimentou a retórica contra a democracia, incentivando ataques às instituições, especialmente ao STF e ao TSE.

O pedido veio logo após a deputada Carla Zambelli (PL-SP) anunciar que se mudou para a Itália. Na mesma linha, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também embarcou rumo aos Estados Unidos. “Isso deixa tudo ainda mais preocupante. Vemos aliados próximos fugindo do país, o que reforça o risco de fuga e conspiração internacional”, afirmou Lindbergh na representação.

Além da tornozeleira, o líder petista quer que Bolsonaro seja proibido de entrar em embaixadas, consulados, aeroportos, rodoviárias, portos e qualquer ponto de fronteira. Se descumprir, ele pode perder a liberdade provisória.

O parlamentar ainda pede que o ex-presidente não tenha nenhum tipo de contato — direto ou indireto — com testemunhas, réus ou investigados no inquérito que apura a tentativa de golpe após as eleições de 2022. E mais: que não possa sair do Distrito Federal sem autorização da Justiça.

Vale lembrar que, em fevereiro deste ano, a PGR acusou Bolsonaro de cinco crimes ligados ao plano de golpe. Em março, por decisão unânime, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia, tornando Bolsonaro réu no processo.

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