Putin agradece a Lula e aos Brics pela “ajuda” com o cessar-fogo, mas exige mais discussões

Putin agradece a Lula e aos Brics pela “ajuda” com o cessar-fogo, mas exige mais discussões

No papel, a paz parece possível. Mas será que Putin realmente quer parar a guerra?

Nesta quinta-feira (13/03), o presidente russo, Vladimir Putin, usou uma coletiva de imprensa para agradecer aos líderes dos Brics, incluindo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pela tentativa de mediar um cessar-fogo no conflito com a Ucrânia. Embora tenha expressado apoio a uma possível trégua, Putin deixou claro que ainda tem “nuances” a discutir com os Estados Unidos, que fizeram a proposta de cessar-fogo.

Na coletiva ao lado do líder de Belarus, Alexander Lukashenko, Putin começou agradecendo até mesmo ao ex-presidente Donald Trump, dizendo que o “dedicar atenção à resolução da crise ucraniana” foi algo valioso. Não deixou de elogiar os esforços dos países do Brics, como Brasil, China e Índia, pelo tempo e energia investidos na busca pela paz.

Embora o presidente russo tenha dado o “ok” para um cessar-fogo, ele foi cuidadoso em destacar que, para que a paz seja duradoura, seriam necessárias mais discussões sobre os termos do acordo. De acordo com Putin, uma cessação das hostilidades só faria sentido se pudesse realmente eliminar as causas que originaram a crise. Ele também questionou as condições que os EUA e a Ucrânia colocam, levantando dúvidas sobre quem controlaria o cumprimento do cessar-fogo ao longo dos 2.000 km de fronteira.

Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não tardou a criticar Putin, acusando-o de “manipulação” e afirmando que a resposta de Moscou é apenas uma forma de ganhar tempo e manter a guerra. Segundo Zelensky, as “precondições” apresentadas por Putin tornariam qualquer acordo de cessar-fogo impraticável.

Entre promessas e retóricas, fica a dúvida: será que Putin realmente está comprometido com a paz, ou está apenas buscando uma pausa estratégica? O que parecia ser um passo em direção ao fim das hostilidades continua envolto em incertezas e interesses contraditórios.

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