Quase 36% dos jovens do Brasil não estudam e não trabalham, mostra relatório da OCDE
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com a maior proporção de jovens, entre 18 e 24 anos, que não estão empregados e também não estão matriculados em instituições educacionais – conhecidos como “nem-nem”. Essa informação é proveniente do relatório “Education at a Glance” (Olhar sobre a Educação, em tradução livre), divulgado recentemente.
O relatório tem como objetivo auxiliar na revisão e definição de políticas relacionadas à educação. De acordo com os dados apresentados, 35,9% dos jovens brasileiros se encontram nessa situação, o que representa o dobro da média dos países membros da OCDE (da qual o Brasil não faz parte, mas é considerado um possível membro), que é de 16,6%. Nesse quesito, o Brasil fica atrás apenas da África do Sul, que possui 46,2% de jovens “nem-nem”.
O estudo da OCDE analisou a situação do ensino superior e do emprego em 38 países membros da organização, além de considerar dados de nações como Argentina, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A preocupação em relação a esse grupo de jovens que não trabalham nem estudam é evidente, pois isso aponta para um cenário negativo de desemprego e desigualdades sociais.
Dentre as 45 nações avaliadas, o Brasil também ocupa o segundo lugar no que diz respeito ao maior percentual de jovens permanecendo por mais tempo na condição de “nem-nem”. Dos jovens sem emprego e fora do sistema educacional no país, 5,1% estão nessa situação há mais de um ano.