Queimadas: ONG ligada a Marina Silva aponta aumento de 433% de queimadas na Amazônia no 1º bimestre
Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), as queimadas na Amazônia no primeiro bimestre de 2024 aumentaram significativamente em comparação ao mesmo período do ano anterior, registrando um aumento de 433%. A região amazônica concentrou 93% da área queimada em todo o país durante esses meses.
Um total de 1,8 milhão de hectares foram queimados, sendo que em fevereiro deste ano, a área queimada alcançou 898 mil hectares, a maior desde que o monitoramento começou em 2019. A vegetação nativa foi a mais afetada, especialmente as formações campestres, representando 47% de toda a área queimada em 2024. Além disso, as pastagens foram fortemente impactadas, com 17% da área total queimada.
Os dados foram gerados pelo Monitor do Fogo, uma plataforma coordenada pelo Ipam. Houve também um aumento de 410% nas queimadas em todo o país em fevereiro de 2024, sendo parte desse aumento devido às chamas em Roraima, estado que registrou 1 milhão de hectares queimados, correspondendo a 54% de toda a área afetada no Brasil.
Os estados do Pará, Amazonas e Roraima responderam por 85% de toda a área afetada em 2024. O aumento das queimadas em Roraima é atribuído ao período de seca agravado pelo fenômeno do El Niño. O Cerrado também registrou um aumento de 152% nas queimadas no início do ano, atingindo uma área de 61 mil hectares.
Esses dados corroboram com informações divulgadas anteriormente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontaram o pior número de queimadas no Brasil desde que os registros começaram em 1999.