Racha no PCC acelerou plano de “Degola” para resgatar Marcola no DF
Disputa pela liderança da facção foi agravada por diálogo gravado entre Marcola e agentes da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO)
É revoltante e alarmante o que está acontecendo com o PCC. A prisão de Ivan Garcia Arruda, conhecido como “Degola”, revela um cenário aterrador de violência e desespero dentro da facção criminosa. Degola foi detido na tarde de quarta-feira (11/09), e sua prisão está diretamente ligada a um plano insidioso para resgatar Marcola, o líder do PCC, que atualmente cumpre pena na Penitenciária Federal de Brasília (DF).
O plano que Degola coordenava era nada menos que um ataque orquestrado para liberar Marcola. Envolvia a formação de um grupo altamente especializado, treinado para realizar ações brutais contra as forças de segurança e suas instalações. Esta operação é um reflexo da crise interna que o PCC enfrenta, uma crise sem precedentes desde que Marcola assumiu a liderança da facção em 2002.
A situação se agravou ainda mais com a gravação de uma conversa entre Marcola e agentes da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). Nessa conversa, Marcola não economizou nas palavras e disparou críticas severas contra Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, chamando-o de “psicopata”. Essas declarações foram usadas pelos promotores em um julgamento, resultando na condenação de Tiriça a 31 anos de prisão por seu envolvimento no assassinato de uma psicóloga.
A crise de liderança no PCC se agravou com a disputa entre Marcola e três de seus antigos aliados: Tiriça, Abel Vida Loka e Andinho. Esse embate interno está tornando a facção ainda mais instável e perigosa.
A operação que resultou na prisão de Degola, chamada “Restrita”, foi conduzida pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Militar. Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de duas armas e munições. A prisão de Degola expõe não apenas a gravidade da situação, mas também a determinação do PCC em manter e expandir seu poder, mesmo à custa de violência e caos.
Enquanto a crise se desenrola e o sistema de justiça tenta controlar a situação, a sociedade precisa estar atenta e exigir ações firmes contra esse tipo de violência e corrupção. A ameaça do PCC não é apenas um problema de segurança pública, mas um desafio que exige uma resposta forte e coordenada.