Ramagem diz que “minoria pode ter desvirtuado” a Abin
Em uma entrevista ao portal “Metrópoles” nesta sexta-feira (2), o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, expressou a preocupação de que uma “minoria” dentro da agência pode ter desvirtuado suas atividades. Ramagem mencionou um caso específico de um servidor cujos US$ 171,8 mil foram apreendidos pela Polícia Federal em outubro de 2023, durante uma operação contra suspeitos de uso ilegal do software FirstMile para espionagem.
Ao questionar o motivo de estar sendo investigado, Ramagem destacou a exoneração desse servidor, alegando que a situação levanta dúvidas sobre a perseguição e a abordagem da investigação. Ele ressaltou que a maioria das atividades da Abin é destinada ao trabalho de inteligência, como combater espionagem industrial, proteger o conhecimento sensível e garantir a segurança de estruturas estratégicas, como Itaipu.
Ramagem enfatizou sua crença de que a utilização da Abin, em sua grande maioria, foi voltada para atividades legítimas de inteligência, mas reconheceu a possibilidade de que uma minoria tenha desvirtuado suas responsabilidades. As declarações ocorrem em meio às investigações da Polícia Federal sobre o uso indevido do software FirstMile e a reestruturação da Abin, além do pedido de afastamento de Ramagem por parte do presidente de uma comissão do Congresso que investiga a agência, alegando conflito de interesse.