Reajuste para militares: governo Lula aumenta salários em 9%
Medida beneficia todas as patentes e terá impacto de R$ 3 bilhões
O governo federal publicou uma Medida Provisória, nesta sexta-feira (28), determinando um reajuste de 9% nos salários dos militares das Forças Armadas. O aumento será aplicado em duas etapas: a primeira em abril deste ano e a segunda em janeiro de 2026.
A decisão, assinada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, foi tomada enquanto Lula cumpre compromissos internacionais. O percentual concedido é o mesmo já aprovado para os servidores públicos federais e resultou de negociações entre o Ministério da Defesa e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A proposta ainda depende da aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2025, mas os recursos já estão previstos no orçamento enviado ao Congresso. O impacto estimado nos cofres públicos é de aproximadamente R$ 3 bilhões.
O reajuste abrange militares da ativa, da reserva e pensionistas, contemplando desde soldados e cabos até oficiais de alta patente. Para um soldado engajado, por exemplo, o soldo passará de R$ 1.926 para R$ 2.013 em abril e R$ 2.103 em 2026. Já um general, cujo soldo atual é de R$ 13.471, verá o valor subir para R$ 14.077 e, posteriormente, R$ 14.711. Com gratificações, os vencimentos de oficiais superiores podem ultrapassar R$ 40 mil.
Histórico de aumentos
Os militares vinham recebendo reajustes desde a reforma da Previdência das Forças Armadas, aprovada em 2019. No entanto, segundo os comandantes militares, os aumentos não acompanharam a inflação nos últimos anos.
Em 2023, o governo Lula já havia concedido reajustes expressivos em gratificações militares, que chegaram a 150%, beneficiando principalmente os altos escalões das Forças.
