Relatório do STF mostra aumento da transparência de emendas no governo Bolsonaro

Relatório do STF mostra aumento da transparência de emendas no governo Bolsonaro

Um relatório técnico solicitado pelo ministro do STF, Flávio Dino, avalia o nível de transparência no pagamento das emendas parlamentares — recursos do orçamento indicados por deputados e senadores. O relatório revela que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foram implementadas medidas que melhoraram a transparência dessas transferências.

Contudo, o relatório aponta que o principal problema de transparência, que levou Dino a suspender a liberação das emendas, está no Legislativo. A falta de individualização dos parlamentares que indicam as emendas de relator e de comissão, relacionadas ao “Orçamento secreto”, é destacada como um desafio, já que o Legislativo não disponibiliza esses dados.

A investigação foi conduzida por uma comissão composta por especialistas do STF, do Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos governamentais. Dino pediu que essa comissão verificasse as razões para a falta de informações claras nos sistemas públicos de monitoramento do orçamento.

O relatório detalha que, em 2019, o governo Bolsonaro aprimorou o sistema de transferências, e em 2022 editou um decreto que promoveu total rastreabilidade e transparência nas operações envolvendo emendas de relator e comissão. O sistema Transferegov.br, originalmente chamado SICONV, foi modernizado e se tornou a principal ferramenta para gestão dessas parcerias, permitindo o acompanhamento das transações de maneira transparente.

Apesar das melhorias, o relatório aponta que o Legislativo ainda não cumpre plenamente a decisão do STF que obriga a identificação dos parlamentares que patrocinam as emendas. A responsabilidade por divulgar essas informações permanece sendo do Congresso.

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