
Revolta na UPA de Ceilândia: Desespero por atendimento leva pacientes a quebradeira
Com a restrição no setor pediátrico, clima ficou tenso e culminou em vandalismo; Polícia deteve um homem por depredação do patrimônio público
Uma noite de tensão e revolta tomou conta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia I, no Distrito Federal, neste domingo (27). Pacientes indignados com a falta de atendimento – principalmente pediátrico – acabaram quebrando portas, derrubando equipamentos e criando um clima de caos no local.
Imagens gravadas por testemunhas mostram gritos de protesto contra funcionários, além de portas arrebentadas, um totem de senhas destruído e uma televisão caída no chão. Um homem, aparentemente inflamando ainda mais o tumulto, aparece incentivando os demais a continuarem com o quebra-quebra.
A Polícia Militar foi chamada para conter a confusão e confirmou que um dos envolvidos foi preso por danificar o patrimônio público. Ele foi conduzido à 15ª Delegacia de Polícia.
Segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), o estopim da confusão foi o anúncio de uma medida emergencial que restringiu temporariamente o atendimento pediátrico. A justificativa seria preservar o atendimento de crianças em estado grave que já estavam internadas.
“O plantão contava com quatro clínicos e apenas um pediatra. Já iniciamos a contratação emergencial de novos profissionais para reforçar a equipe e retomar o atendimento normal”, informou o instituto em nota oficial. A população foi orientada a buscar atendimento na UPA Ceilândia II enquanto a situação não se normaliza.
O Iges lamentou os atos de violência, afirmando que atitudes como essas tornam o ambiente ainda mais difícil para quem precisa e para os profissionais que tentam manter o serviço funcionando.