Ricardo Nunes aposta na Faixa Azul para reduzir mortes de motociclistas em SP
Prefeito quer ampliar corredores exclusivos e criar pontos de apoio para trabalhadores sobre duas rodas
Diante do crescimento alarmante de mortes de motociclistas em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a expansão da Faixa Azul como estratégia para conter essa tragédia. Durante a inauguração de um novo trecho do corredor exclusivo, Nunes destacou que fevereiro de 2025 foi o mês mais fatal para motociclistas desde o início da série histórica, com 31 óbitos. No acumulado de janeiro e fevereiro, o número chegou a 62.
A proposta do prefeito inclui ampliar a malha da Faixa Azul em 200 quilômetros até 2028, além de instalar pontos de apoio para os trabalhadores que utilizam motocicletas no dia a dia. Esses espaços oferecerão banheiros, locais para refeições e momentos de descanso, além de servirem como pontos de conscientização sobre segurança no trânsito.
Os dados preocupantes reforçam a necessidade de medidas urgentes. Em 2024, São Paulo registrou 483 mortes de motociclistas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Para Nunes, a ampliação das faixas exclusivas, aliada à proibição do serviço de mototáxi – que será julgada em 9 de abril –, pode ser determinante para reverter esse cenário.
Na última quarta-feira (26), a Prefeitura de São Paulo entregou mais seis quilômetros de Faixa Azul na Avenida do Estado, um dos principais corredores da cidade, por onde passam cerca de 14 mil motocicletas diariamente. Desde a implementação desse sistema, 221 quilômetros já foram entregues, e a meta é alcançar 421 quilômetros até 2028.
A gestão municipal também ressaltou que a decisão de ampliar a Faixa Azul se baseia em estudos conduzidos em 2023, em parceria com órgãos de transporte, mobilidade e saúde, além de empresas como Uber e 99. O objetivo é encontrar soluções eficazes para reduzir os acidentes e garantir mais segurança para quem circula sobre duas rodas na capital paulista.
