Robinho é preso em Santos pela Polícia Federal e vai cumprir pena de 9 anos em regime fechado por estupro
Robinho, também conhecido como Robson de Souza, foi detido pela Polícia Federal em Santos, no litoral de São Paulo, por volta das 19h de quinta-feira (21). A prisão ocorreu em seu próprio apartamento no bairro Aparecida, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele inicie o cumprimento de uma sentença de 9 anos por estupro coletivo, conforme decidido pela justiça italiana.
O crime ocorreu em 2013 na Itália, onde Robinho foi condenado em última instância. A decisão do STJ implica que ele cumpra a pena no Brasil. Após a prisão, o ex-jogador passará por uma audiência de custódia na Justiça Federal, seguida por um exame de corpo de delito na sede da Polícia Federal. Posteriormente, será encaminhado para a penitenciária de Tremembé, em São Paulo.
Os advogados de Robinho tentaram evitar a prisão por meio de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), porém, o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux. A defesa pretende recorrer da decisão, argumentando que a prisão só deveria ocorrer após o esgotamento de todos os recursos judiciais, conforme previsto na Constituição brasileira.
O crime de estupro coletivo pelo qual Robinho foi condenado ocorreu quando ele jogava pelo Milan, em Milão, onde estuprou junto com outros cinco homens uma mulher albanesa em estado de inconsciência devido ao consumo de álcool. Robinho sempre alegou que a relação foi consensual.
Antes da decisão final da justiça italiana, Robinho era visto frequentemente em atividades esportivas na região de Santos, especialmente em partidas de futevôlei. No entanto, após a condenação, passou a jogar em sua quadra particular no Jardim Acapulco, em Guarujá.
A legislação brasileira impede a extradição de cidadãos natos para cumprimento de penas no exterior, e o Ministério Público Federal defendeu que Robinho cumprisse a pena no Brasil. O governo italiano solicitou a homologação da sentença estrangeira, o que foi encaminhado ao Ministério da Justiça e ao STJ. A defesa de Robinho argumenta que a homologação viola a Constituição brasileira, que proíbe a extradição de brasileiros natos.