Rombo fiscal bate recorde em abril de R$ 1,017 trilhão e supera números da pandemia

Rombo fiscal bate recorde em abril de R$ 1,017 trilhão e supera números da pandemia

O déficit nominal do setor público consolidado atingiu um novo recorde de R$ 1,043 trilhão nos últimos 12 meses até abril, superando pela primeira vez os números registrados durante o pico da pandemia de covid-19, que foi de R$ 1,017 trilhão. Esses dados foram divulgados pelo Banco Central e incluem o pagamento dos juros da dívida, que totalizaram R$ 776,3 bilhões no mesmo período, também atingindo um recorde histórico desde 2002.

A taxa básica de juros, a Selic, permaneceu em níveis elevados por um período prolongado, o que contribuiu para o aumento do déficit nominal e consequentemente para o crescimento da dívida pública. Além disso, o valor primário, que exclui as despesas financeiras, também piorou, totalizando R$ 266,5 bilhões nos últimos 12 meses até abril.

A taxa Selic atualmente está em 10,50% ao ano, após uma redução de 0,25 ponto percentual decidida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Esta decisão foi tomada devido às incertezas sobre o cenário interno e externo, bem como a possibilidade de mudanças nas metas de inflação e no arcabouço fiscal.

Como resultado do aumento do déficit público, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) também cresceu, atingindo 76% do PIB, o maior patamar desde abril de 2022. Este aumento representa uma alta de 4,3 pontos percentuais durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A dívida inclui não apenas as contas do governo federal, mas também do INSS e dos governos estaduais e municipais.

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