Rumo a 2026: PL reforça apoio a Bolsonaro e articula anistia aos presos de 8 de janeiro

Rumo a 2026: PL reforça apoio a Bolsonaro e articula anistia aos presos de 8 de janeiro

Estratégia da oposição para o próximo ano foca no ex-presidente, na questão da anistia e nas críticas ao governo Lula

O Partido Liberal (PL) traçou uma estratégia clara para o ano de 2025 com três objetivos centrais: consolidar a candidatura de Jair Bolsonaro como único nome para 2026, avançar com o projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro e intensificar a oposição à agenda econômica do governo Lula.

Com a aproximação das eleições gerais, a prioridade do PL, sob a liderança de Valdemar Costa Neto, será garantir que não haja um “Plano B” para a presidência, como chegou a ser sugerido pelo deputado Eduardo Bolsonaro. Ao mesmo tempo, o partido já está buscando um nome para completar a chapa presidencial, com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr., sendo cotado como possível vice.

O projeto de lei sobre a anistia aos presos de 8 de janeiro, que tramita no Congresso, é outro pilar importante da oposição. Em conversas nos bastidores, aliados do PL, como o deputado Hugo Motta, trabalham para acelerar a votação do projeto na Comissão Especial. O deputado Zucco, líder da oposição, destaca que o PL pretende exaltar o legado de Bolsonaro, especialmente nas áreas da economia e infraestrutura, ao mesmo tempo em que critica a gestão atual pela inflação, os altos juros e a crise cambial.

Oposição e os desafios do cenário econômico

A prisão de Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, no contexto do inquérito sobre o golpe de 8 de janeiro, aumentou a pressão sobre a direita. Em resposta, o PL foca nas questões econômicas, aproveitando temas como a alta do dólar, que atingiu a marca histórica de R$ 6,30, e a recente elevação da Selic para 12,25% ao ano. A oposição vê nessas questões uma forma de desgastar a imagem do governo e manter a pressão sobre o Planalto.

Além disso, a oposição promete destacar o impacto negativo das ações do STF, com uma série de críticas ao tribunal e ao que consideram uma judicialização excessiva das decisões políticas.

Candidaturas ao Senado e articulações eleitorais

Para fortalecer sua base, o PL trabalha na construção de candidaturas fortes para o Senado, com o objetivo de eleger dois senadores por estado, incluindo o Distrito Federal. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a deputada Bia Kicis são algumas das apostas do partido para a disputa de 2026. A legenda também busca apoio de aliados como a vice-governadora do DF, Celina Leão, para fortalecer suas chances.

Ajustes na retórica e novos desafios

A política do PL também passa por ajustes em sua retórica. Bolsonaro sinalizou um tom mais moderado, destacando a necessidade de uma relação mais equilibrada com a imprensa e o Judiciário, especialmente após as investigações em curso. Essa mudança de postura reflete uma tentativa de ampliar a base de apoio e fugir do isolamento político.

Em termos de articulação política, o PL se prepara para as eleições da Mesa Diretora da Câmara e do Senado, buscando manter o protagonismo na política nacional. O apoio a candidatos como Hugo Motta para a presidência da Câmara e Davi Alcolumbre para a presidência do Senado reflete a estratégia do partido para consolidar sua força nas duas casas legislativas.

Expectativas para 2025 e além

Com a aprovação de projetos importantes como o voto impresso e a PEC da vida desde a concepção, a oposição se mostra animada com os próximos passos. No entanto, a sobrevivência política do PL e de Bolsonaro dependerá de como se adaptar ao cenário político em constante transformação, buscando construir alianças estratégicas para a disputa de 2026.

O PL está determinado a enfrentar os desafios do novo ciclo eleitoral, apostando em um discurso mais moderado e em articulações políticas que visam consolidar a direita como uma força central nas eleições de 2026.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags