Rússia Impõe Exigências Severas para Aceitar Cessar-Fogo com a Ucrânia; Saiba os Termos

Rússia Impõe Exigências Severas para Aceitar Cessar-Fogo com a Ucrânia; Saiba os Termos

Após mais de três anos de intensos combates, uma proposta de cessar-fogo pode finalmente trazer uma pausa temporária à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O plano, elaborado pelos Estados Unidos, sugere uma trégua de 30 dias, que foi aprovada pela Ucrânia, após negociações com Washington em um encontro na Arábia Saudita.

No entanto, a posição da Rússia ameaça impedir que essa proposta se concretize. Embora o governo ucraniano tenha dado seu aval, o Kremlin, liderado por Vladimir Putin, colocou uma série de condições para aceitar o acordo.

Em uma reunião na quinta-feira (13), Putin afirmou que aceitaria a interrupção dos combates, mas questionou diversos pontos do plano. Ele pediu esclarecimentos sobre questões como o envio de armas para a Ucrânia durante a trégua, o treinamento de militares ucranianos e como seria feito o monitoramento de uma fronteira de 2.000 quilômetros. Além disso, o presidente russo exigiu uma série de concessões importantes de Kiev, entre elas:

  • O reconhecimento das regiões ucranianas invadidas como parte da Rússia
  • A proibição de adesão da Ucrânia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
  • A restrição à entrada de tropas de paz estrangeiras no território ucraniano

Essas exigências colocam em xeque as negociações, especialmente considerando a longa disputa territorial entre os dois países. Desde 2014, a Rússia tem anexado partes do território ucraniano, como a Crimeia e regiões das províncias de Donetsk e Luhansk, sem o reconhecimento internacional. O atual conflito, iniciado em 2022, provocou uma série de confrontos por essas áreas.

Embora os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, tenham sugerido que ceder terras à Rússia poderia ser uma solução negociada, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem se oposto à ideia de comprometer a integridade territorial da Ucrânia. Além disso, a possível cessão de áreas como a usina nuclear de Zaporíjia tem sido um ponto delicado nas discussões.

A adesão da Ucrânia à Otan também continua sendo um dos maiores pontos de discórdia. Moscou vê a entrada de Kiev na aliança militar como uma ameaça direta à sua segurança, enquanto a Ucrânia considera isso um objetivo estratégico, presente em sua Constituição desde 2018.

Para garantir o cumprimento de um cessar-fogo, alguns países europeus sugeriram o envio de tropas de paz. Contudo, a Rússia tem se mostrado cética em relação à presença de forças estrangeiras nas suas fronteiras, especialmente com a crescente tensão em torno do possível retorno de Trump à Casa Branca.

Com as negociações ainda em andamento, o futuro do conflito permanece incerto, e as exigências de Moscou complicam ainda mais o caminho para a paz.

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