Salários e penduricalhos do Judiciário custaram R$ 95 bilhões em seis anos
Nos últimos seis anos e meio, os custos relacionados aos salários, indenizações e outros benefícios adicionais do Poder Judiciário somaram um total de R$ 95 bilhões, conforme revelado por um levantamento. Esse valor engloba os subsídios (salários), direitos eventuais, direitos pessoais e indenizações como auxílio saúde, alimentação, moradia, natalidade e pré-escolar.
Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Roberto Barroso, essa questão do custo do Judiciário é relevante, mas a pergunta correta seria quanto vale o Judiciário.
Os números divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam uma série de pagamentos milionários, destacando-se os pagamentos retroativos, que totalizaram cerca de R$ 6,6 bilhões, e as indenizações de férias, que somaram mais de R$ 4,4 bilhões.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi o que mais gastou, com um total de R$ 14,3 bilhões, seguido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) com R$ 7,5 bilhões e pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) com R$ 5,3 bilhões.
Esses gastos incluem pagamentos retroativos a magistrados, sendo que alguns acumularam valores superiores a R$ 3 milhões. Há também despesas consideráveis com indenizações, como auxílio pré-escolar e auxílio saúde.
Esses dados, que agora são divulgados de forma mais unificada pelo CNJ, revelam uma realidade antes pouco transparente, permitindo uma visão mais clara dos custos do Judiciário.